Pessoas Lindas!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Coisas de Amiga


Na época da faculdade, menina do interiorrr, tentando se adaptar a nova vida, novos amigos, cidade 'grande'.
Um dia -quase fim de noite-, sem café da manhã, com ônibus lotado e cansaço, tive uma queda brusca de pressão.
Não conhecia muita gente, mas ali, sentada no banco, perdida no jardim da UNESP, pálida e meio 'grogue' surge a primeria AMIGA que eu faria na época de universitária - e essa amizade perdura até hoje.
A Nívia veio, perguntou como eu estava e, rapidinho, buscou um lanche delicioso e um copo de Coca-Cola geladinha, que me deram forças para o restante do dia.
Lembro que eu fiquei preocupada pois não tinha dinheiro e, mesmo sem graça, aceitei o lanche e o refrigerante, porque estava muito mal, mesmo.
A Ni apenas disse: 'Não se preocupe com isso, come tudo. Um dia você me paga um salgado, quando puder, mas agora come.'

Talvez ela nem se lembre disso, mas eu lembro.
Passamos por muita coisa juntas e separadas, mas a amizade sempre falou mais alto.
AMIZADE.

Foi isso que me fez viajar quilômetros para estar no casamento dela, em Cambuí-MG.
Foi isso que fez com que ela entendesse, anos depois, porque eu não a havia convidado para o meu casamento. Mas mesmo assim ela me enviou um presente belíssimo, que está até hoje no criado mudo do meu quarto de casal, combinando com tudo, comigo e com Felipe, como se ela desde sempre o conhecesse e conhecesse o nosso amor.

Nívia era minha parceira de laborátorio: lembro-me que cuidávamos juntas de um rato em que dávamos choques -ah, experimentos da Psicologia, que desonra - lembro até que o rato tinha nome e a gente morria de dó dele...mas esqueci o nome dele.
Também rimos e choramos muitas vezes.
Ela chorava mais na época, hoje imagino que eu quem sou a manteiga derretida.
Enfim, a Ni é dessas amigas que Deus envia com um bilhete: "Faça alguém feliz."

Ela cuidou de mim mais do que imagina.
Ela me fez e me faz feliz.
E, quem diria, meu início da Dança do Ventre, foi por causa dela.
Gente, hoje eu danço e sou o que sou, por causa de um convite que a Ni fez: 'Lu, vem comigo fazer uma aula? É grátis.'
Eu fui, ela fez uma ou duas aulas e nunca mais voltou.
Eu fiquei.
Hoje, ela é uma competente e dedicada Psicóloga e eu, após oito anos de carreira bem sucedida e feliz, 'abandonei' a Psicologia para trabalhar apenas com a Arte da Dança.
Quem diria?

Agora ela é mãe. O bebezinho, tem nome de música, 'Lúiza' e está crescendo forte e saudável dia a dia na barriga da 'mineirinha'.

A Ni mais uma vez mostrou sua força e essência, fez um blog lindo para colocar ali seu luto e seu amor: ela perdeu o pai a pouco tempo, e agora se descobre mãe.

Vejam aqui:



Ni, te amo.