Pessoas Lindas!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Fim de ano...

2010 veio, passou, já está indo embora.
Certezas caíram por terra, sonhos se realizaram, pessoas incríveis chegaram e outras se afastaram.
A vida seguiu, o dólar caiu, a Dilma venceu.
Pessoas, coisas, compras, artes, decepções, alegrias, desamores e amores.
É o tempo seguindo seu ciclo. É vida que segue.
De tudo isso, só um desejo tenho:
'Que nunca percamos a capacidade de ver o mundo com a alma infantil.'

Boas Festas à todos,
Obrigada por tudo!
Lu


domingo, 19 de dezembro de 2010

De presentes e surpresas

DE PRESENTES...

Queridos todos,
Como prometi no post de ontem, fiz o sorteio do dvd do nosso espetáculo de 2010 'O Mágico de Oz'. Para simplificar, contabilizei o número de seguidores que tinha até a data do último post (115) dei um print em todos e joguei o número no site de sorteios on line 'Random.org'.

Ok, a vencedora foi a de número 47, que eu contei seguindo a ordem da primeira coluna, de cima para baixo e assim por diante... Cybele.


Cybele, por favor me escreva para que eu possa pegar os seus dados de envio!

É um presente simbólico, e esta seguidora representa todos vocês, sou muito grata, pois não há coisa pior do que escrever e não ser lida.


DE SURPRESAS...
Dentre todas as minhas loucuras até hoje, não foi nem a viagem a São Tomé das Letras em busca de Ovnis; nem as festas da Unesp; nem ter ido a primeira edição do Skol Rock sozinha: minha maior loucura foi fazer um peeling químico no rosto.

É! Mulheres desse mundo, o que é isso???
A pele fica vermelhinha da silva sauro, descama inteira, queima ,arde, não pode tomar sol, não pode manchar e mil coisas...afe! Eu que tenho quase nada de mulherzinha, fiz o super sacrifício em busca da solução para as manchas de sol e frio que adquiri na viagem a India e Paris... foi o mês de Novembro quase todo em busca da pele perfeita.
Mas olha: a coisa é mesmo ótima! A pele fica branquinha, lisa, um sonho! Quando a pessoa está com tudo em ordem... n omeu caso esse sonho durou poucos dias...

MAS...
Sob os cuidados da maravilhosa dermato, minha aluna e professora do estúdio Corina, percebemos que algumas manchas persistiam... estranho!

Corina, toda delicada e insistindo pra me ver bonita, me questionou como andavam meus hormônios. Disse que não era normal manchar a pele desse jeito, a não ser que eu estivesse... GRÁVIDA.

E olha que coisa maluca. Foi preciso a Corina mencionar isso para eu me 'lembrar' de que estava há praticamente um mês sem menstruar. E eu ensaiando feito louca, cuidando das coisas do estúdio, envolvida em 03 empregos... decidi fazer o teste de farmácia, depois o de laboratório... e remumindo o filme, descobri que estou GRAVIDÍSSIMA! Hoje, com 9 semanas!

Pois bem... dancei meus eventos de fim de ano como se nada acontecesse - e realmente, nada mesmo! Nada de enjôo, mal estar, nada!

Depois de confirmado, reuni a familia e contei de surpresa pra todos, inclusive o maridão - que se derreteu em lágrimas, assim como o meu pai.

E só depois foi contando aos poucos pros amigos, alunas... agora que acalmou, ja fiz o primeiro ultrassom e o bebê tá lá, firme e forte, vim compartilhar com vocês.

Afinal, como dizia minha avó: 'Três coisas não podem ser escondidas nem disfarçadas: a tosse, o amor e a gravidez.' rs...

Então, vou curtir meu novo papel de mãe, mas já adianto que sou virginiana demais pra ficar só nele... já estou organizando a agenda e os eventos para depois do parto, pensando no tema da próxima mostra e nem um pouco preocupada com os quilos que virão. Quero mais é ser feliz e saudável!

E para quem ainda não é mamãe e quer ser: não se preocupe. A coisa acontece quando a gente menos espera.

E por incrível que pareça, nos tornamos 'preparadas' no momento em que sabemos o resultado do teste.
Acreditem.
É muito bom!

beijo todos...Lu


sábado, 18 de dezembro de 2010

Obrigada, pessoal!





À todos vocês, seguidores, meu MUITO OBRIGADA!
Neste Domingo às 15h irei sortear o dvd ' O Mágico de Oz' nosso espetáculo realizado este ano.
Espero que o envio chegue antes do natal.
Beijo todos,
Lu
:)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Motivos

Tái o (mau) exemplo, os motivos pelos quais eu fiz o post abaixo.
Há de se educar, platéia!




UM POUCO SOBRE 'TEREZINHA'
* 'TEREZINHA'
foi a performance que dancei, junto a 03 convidados baseado na letra da música de Chico Buarque.
* Foi apresentada no Festival do meu estúdio Mosaico das Artes, cujo tema foi 'A Era do Rádio' e homenageou os 60 anos da rádio difusora de minha cidade.
* Foram apresentadas danças, performances e esse teatro 'Teresinha' baseado nas músicas que foram sucesso nas paradas musicais dos últimos 60 anos.

INSPIRAÇÃO
Apesar de concordar com meu marido, que diz que ''A Arte não tem função explicativa'' queria falar um pouco sobre esse número com vocês.

Eu me inspirei na canção de Chico, que fez muito sucesso no início dos anos 80 e ficou marcada pela interpretação de Maria Bethânia, ganhando até uma paródia hilária no antigo 'Os Trapalhões'.

Eu decidi usar a versão de Zizi Possi, justamente para 'tirar' da memória do público qualquer relação com os já citados.

Essa música eu conheci ainda pequena, 11,12 anos porque meu pai ouvia muito. E eu ficava tentando entender porque essa 'Terezinha' era tão diferente da outra, a 'Terezinha de Jesus'.
Lembram?
''Terezinha de Jesus, de uma queda foi ao chão, acudiram 03 cavaleiros, que a Tereza deu a mão...'

COMPOSIÇÃO DA PERSONAGEM

Eu realmente 'entrei' na viagem, tracei um 'mapa emocional' dessa Terezinha que se envolve com 03 tipos (romântico meloso, o cafajeste, o misterioso).

Pensei em usar um vestido de festa chique, vermelho - e todas as intenções simbólicas dessa cor - e convidei 03 'meninos' que tem um nome relacionado a dança e arte em minha cidade.
Eu adoraria que todos fossem bailarinos, mas por aqui no interior é realmente difícil encontrar homens que dançam.

Então convidei o Diego - que fez 'o primeiro' - e ele é um B-Boy. Dança muito! Dança rap, street e tudo o que a cultura das danças de rua abarcam.

André, fez 'o segundo'. Ele é 'o' Bailarino. Formação clássica mesmo, na renomada 'Escalada Ballet' de Araçatuba-SP; fez parte da Holy Company e ja foi aluno de nosso estúdio. Bom, eu sempre fui fã dele, e mal conseguia falar com ele, quanto mais dançar! Foi fantástico ver a entrega dele, o personagem e fazer parte disso.

Jhonatan, 'o terceiro' é vocalista, de uma Banda chamada 'Parplen' que vem despontando em minha cidade e região. O vídeo não mostra, mas pelos gritos da platéia vocês podem imaginar a beleza do menino.

Unir esses três tipos tão diferentes, com histórias emocionais diferentes, com a estrutura do corpo tão diferenciada para a dança, só me deu a possibilidade de fazer um 'teatro', uma performance em que eu pudesse ilustrar a música através de nossos corpos e entrega.

'Terezinha' tem uma linguagem muito forte. Para mim, toda mulher tem um pouco dela, e todo homem tem um pouco dos '03'.
Começo com um vestido vermelho, descalça, descabelada, maquiagem borrada, como num fim de festa. Uma mulher linda por fora, mas desestruturada por dentro.

Pensei na realidade de muitas mulheres que passam pelo processo de auto descoberta através de seus pares.
Dos enganos e acertos que cercam todas nós.
Desde a necessidade de ser amada, passando pela recusa, entrega,submissão.
Fui ao extremo retratando a violência que alguns 'relacionamentos' têm, até o desamor.

Utilizei o casaco como elemento de cena, lembrando da 'Pele de Foca' do conto da Clarissa Pinkola Estés e seu livro guia das mulheres selvagens 'Mulheres que Correm com os Lobos', e quando o 'segundo' me arranca a minha pele de foca, o 'terceiro' com seus gestos e abraços se torna a minha própria pele.

A pose final foi pensada assim, os '03' ''colados'' em mim, como se fizessem parte da pele que compõem essa mulher que se tornou 'Terezinha'.
E os 03, se tornam 04 com Terezinha e todos se tornam apenas 'um', revelando que não é preciso de homens ou encontros para que Terezinha se torne plena.

Viajei?
Sim. E esse é o grande barato da arte.
;)

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Há de se educar!

Teatro lotado, elenco e platéia


Terminei ontem a edição dos dvd's da Trilogia.


Que gostoso assistir tudo - porque, vocês sabem - quem organiza nunca vê tudo no dia, só mesmo depois, com o dvd e o controle na mão passando e repassando as cenas, anotando e etc...


Mas ontem me permiti ver tudo com bons olhos, curtir o evento e ser mais 'leve' comigo mesma.


Lamentei no início toda a falta de estrutura que nos cerca - 'teatro' - que na verdade era um antigo cinema; profissionais de luz, som, fotos e imagem - são ótimos, encontrei a equipe que queria, mas esbarramos na falta de equipamentos de qualidade, quando a luz é ótima atrapalha a foto, quando a foto é linda atrapalha a filmagem, e etc e etc...


Mas parei rapidinho de lamentar.


Fizemos o que podemos, o que está ao nosso alcance.


Eu teria mais obrigação da perfeição se tivesse acesso aos recursos, mas então, vou celebrar nossos esforços - e toda a equipe se esforçou muito - e vou colher os louros com o resultado que ficou, pelo menos, como um bom registro dos eventos.


Quem viu ao vivo aí sim pode sentir, nada como estar presente e sentir a energia que acontece nos espetáculos.


Aliás isso me deu uma idéia pro próximo ano: ja falei com o marido, e eu quero 'premiar' uma seguidora do blog pra vir assistir o espetáculo! Preparem-se hein?! Dezembro de 2011 já tem compromisso aqui no interioooorrrr!!


:)

Mas um fato que me incomodou bastante e me fez escrever esse post, foi sobre o comportamento do público.


Em muitos momentos, gritos, apalusos, praticamente uma torcida organizada.


Senti um pouco no palco, mas ao ver/ouvir o dvd fiquei em choque do tamanho barulho que alguns fizeram.


Uma pena.


Desconcentra, atrapalha e traz uma característica nada elegante, sinceramente.





Esse ano muita gente nova e o fato de serem 3 dias de evento, com o maior elenco que já trabalhei, trouxe essa diversidade na platéia.


O que não é ruim, é maravilhoso, e sei o quanto poderei ser mal interpretada por esse post, mas eu acredito que também há de se educar o público.





Já decidi: ano que vem, antes da abertura, um belo texto gravado solicitando que aplausos, gritos e manifestações sejam feitos somente no inicio e ao final de cada apresentação. E se me der na telha ainda vou espalhar 'seguranças' ou 'equipe de apoio' pelo local, só pra garantir a ordem.





Assim como no teatro pedem para desligar o celular e etc e tal, vou começar a fazer isso nos meus eventos.


Quem gostar, fica, quem não gostar há de se educar ou pode optar por se retirar.


Sei que é chato, mas necessário.





Há uma diferença gritante entre manifestações entusiasmadas e apenas oba oba.


E eu, virginiana que sou, detesto oba oba, ainda mais nos meus eventos. Ainda que alguns sejam para mim, outros pro elenco e convidados, prefiro do meu jeito: elegante e apropriado.





Pronto, falei.





Quando os vídeos estiverem no Youtube - mês que vem - vocês vão me dar razão.


E pra quem não aguentar esperar e quiser ver antes, dvd a venda na Loja.








****





Mas tem um oooutro lado lindo da manifestação da platéia.


E minha amiga Verônica escreveu sobre isso. Derreti. Obrigada, V, minha Pasárgada.


Leiam aqui ó.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Sábio Vinícius...


''Uma mulher que é feita
De música, luar e sentimento...''

Tentar transpor para o papel essa última semana é uma tarefa bem complicada, e entendo a cobrança de vocês (tenho recebido muitos e-mails querendo saber da Trilogia).

Mas o que posso resumir é que meu sentimento é de plenitude, e isso abarca pessoal e profissional.

Realizar três dias de evento na pequena cidade onde moro - Guararapes-SP - e com o sucesso de público que tivemos, é um marco a ser registrado.

Homenageamos os 60 anos da Rádio Difusora de nossa cidade e foram duas noites de pura emoção.
Fechamos a trilogia com a minha leitura de ' O Mágico de Oz', que teve muito pouco de dança do ventre, e tudo de teatro, expressão, emoção.

A melhor luz - finalmente! Obrigada Mauricio -VM Eventos; os figurinos impecáveis e um elenco que não é profissional, mas nos palco se comportou como se fosse.
A cortina decorando o palco by Garden Flores
Os enfeites da Hérika Dantas e o som
A decoração do hall de entrada feita com ajuda da Corina e alunas
União fazendo a força!

É isso.
Eu estava muito cansada, mas cheia de vontade de mostrar pra platéia tão leal o que estávamos preparando.

Acredito que não há nada mais emocionante para um Artista que o acender das luzes do teatro mostrar a casa cheia, os aplausos, as lágrimas emocionadas e o sorriso das pessoas.
É esse momento que me vem a mente a todo instante!

Meu solo no Mágico de Oz foi totalmente simples, porque eu não esperava os aplausos e gritos da platéia quando entrei em cena. Aquilo me 'desestabilizou', eu mal podia ouvir a música mas tudo o que senti em meu coração, saiu na dança cheia de giros, movimentos não muito limpos, mas plenos de felicidade, por inúmeros motivos.



Hoje, escrevo com o coração tranquilo, com um sentimento incrível de realização, de poder, de capacidade.

Sou grata ao meu marido, em especial, por cuidar e assessorar todos os itens que tornaram possível a estrutura de som e luz do evento.

Agradeço a ele também por 'Teresinha'. Uma música do Chico Buarque que sempre tive loucura pra interpretar e ele imediatamente me deu total aval para escolher os bailarinos e ousar com poses e cenas que nem eu mesma sabia que seria capaz.
Foi mais teatro e poses do que dança, novamente, mas da maneira como o fizemos foi algo de uma ousadia única.

Foi show!
O mais só mesmo vendo os vídeos... o dvd está à venda, veja na Loja... e em breve tem no Youtube também.
Três dias de evento e uma vida inteira de boas lembranças.
Esse Vinícius era mesmo muito sábio... ele entendia a alma feminina. Ele me entende.


''São demais os perigos desta vida
Para quem tem paixão, principalmente
Quando uma lua surge de repente
E se deixa no céu, como esquecida.
E se ao luar que atua desvairado
Vem se unir uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher.
Deve andar perto uma mulher que é feita
De música, luar e sentimento
E que a vida não quer, de tão perfeita.
Uma mulher que é como a própria Lua:
Tão linda que só espalha sofrimento
Tão cheia de pudor que vive nua.''
(Vinícius de Moraes)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Dezembro chegou!


Que delícia fechar o ano realizando projetos e já ter planos para o futuro.

Um ano tão difícil para mim, de tantas perdas emocionais, se encerra me trazendo um presente, um sinal de que o Universo acredita em mim.

Desejo que todas as minhas amigas Blogueiras sejam muito felizes em seus espetáculos e em suas vidas de Diva e de Amélia, porque todas nós sabemos que não vivemos do personagem 'Bailarina' e sim da mulher que existe em todas nós, a cada momento exercendo o papel desejado ou requerido.

Também desejo o melhor para quem não é Bailarina mas sabe fazer arte, do tipo Artista e do tipo Arteira! É preciso!

Que esse fio invisível da Arte - seja ela qual for - que une todas nós se fortaleça e acalme nossos corações... não uma calma passiva, mas plena!

Vim deixar meus beijos natalinos a todos vocês que acompanham meu site e blog e AGRADECER pela presença o ano todo!

Amanhã começa a Trilogia Mosaico das Artes... e depois semanas de festa entre as alunas e no trabalho como Psicóloga.

Viver é isso! Viver!

Com tudo o que a vida nos oferece e nós colhemos.

Beijo todos,

Lu

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Faltam 5 dias...


O estúdio parece ter vida própria, um portal, um mundo mágico.
Nunca foi tão intenso o vai e vem,ensaios, risos, gritos, alegria, expectativas.
Músicos e Bailarinas de todas as idades, num bailado específico, em olhares de companheirismo, em abraços reconfortantes, em suspiros de sonhos prestes a serem realizados.
Uma obra dividida em três partes e assim será a Trilogia Mosaico das Artes.
Dia 02,03 e 04 de Dezembro.

Como é boa essa sensação de 'primeira vez', mesmo após 6 anos realizando eventos culturais em minha cidade.

Tudo o que sou e sinto, está aqui.
Desculpem-me, mas esse poema é tão fabuloso que não ouso traduzir, porque não quero que nada nele se perca.
Hoje, e por esses próximos dias, eu sou esse Poema de Carol P. Snow:

''I think I am a dancer,
a singer of songs,
a story-teller.

I fly and swim,
walk on four legs,
slide through the grass on my belly.

I breathe through gills,
through hollow fragile bone,
shake feathers into place on my wings.

I roll in the dust,
smooth my fur with raspy tongue,
startle at unexpected sounds.

I walk upright,
two-legged, a woman,
warm and soft, strong and vulnerable.

I walk in silence,
in laughter, with spoken word,
with solitary tears, with open heart.''


-----

*Poem by Carol P. Snow

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Trilogia


Queridos todos, estou prestes a concluir a minha maior ousadia (até então).
Nos encontramos após o show, e conto tudo pra vocês.
Suas boas vibrações são sempre bem vindas!
beijo todos,
Lu



quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Já fez compras hoje?



Agora tem um Bazar, feito com carinho.


Passa por lá!


;)











domingo, 14 de novembro de 2010

Dez coisas...


1- Sou um ser noturno.

Meu ciclo de sono só começa depois da uma da manhã e meu melhor momento criativo sempre foi durante a noite. Trabalhos escolares, seminários da faculdade, composição de coreografias, idéias: tudo sempre a noite. Não há coisa que eu goste mais do que o silêncio da madrugada, o céu estrelado, todos dormindo e eu ali, criando e criando...


2- Adoro água.

Sou uma Sereia. Tenho paixão por rios, cachoeiras, piscinas, lagos e mar. Ah, o Mar. Minha maior tristeza é morar tão longe dele. Eu tenho ritual de toda vez que o visito:eu canto. É estranho, eu sei. Ainda mais com minha voz ( :/ ) mas eu tenho várias canções pro mar e quando vou à praia, gosto de ter o meu momento sozinha, feito doida, cantando meu amor por ele. A água gelada do mar de Floripa, a água quente e cheia de vida do mar de Salvador, a água cheia de energia do mar de Puri, na India. Ah, o mar...


3- Tenho paixão por cadernos, caixas, embalagens, móbiles, sinos de vento, fadas e corujas.

Se quer me dar um presente, não tem como errar. Escolha qualquer item acima citado. Já cheguei a doar um presente e ficar com a caixa (é sério!). Cadernos são 'o must' pra mim! Adoro anotar coisas, escrever poesias, desenhar trajes, em cada canto da casa tem um caderno ou bloco de anotações.

Eu devo ser o terror da vizinhança, porque tenho sinos de vento em todo canto e não há som que eu goste mais!

Quando eu morava em Bauru, na época da Faculdade, acordei com um som diferente na pequena varanda da kitinete que eu morava (se é que é possível kitinete ter varanda). Quando fui ver, era uma Coruja. De dia, olhando pra mim com aqueles olhos lindos. Eu dividi a kit com ela por uma semana, quase cheguei a tocá-la. Nunca tive medo ou acreditei no dito popular que elas trazem morte ou azar.

Eu sonho muito com Corujas, quase sempre. Gosto delas.

Minha amiga Verônica, num desses repentes que nós duas sempre temos, me trouxe uma imagem talhada em madeira,de sua viagem ao Peru. É um dos presentes que mais gosto.

As Fadas surgiram por causa do meu amigo Leléo, que me deu esse apelido quando eu tinha uns 16 anos. Depois na faculdade, alguns amigos me chamavam assim também, e é interessante como pessoas que não se conhecem, de diferentes lugares olham pra mim e dizem: 'Você parece uma Fada' e acabam me presenteando com belas miniaturas e imagens. Guardo tudo e decoro a casa e o estudio com esses presentes, amo!

É engraçado, porque eu não sei como seria uma Fada, e as que vejo nas imagens lindas que ganho de presente, não tem muito a ver comigo. Elas tem um rosto sereno que é meu objetivo de vida, será que um dia chego lá?


4- Não passo roupa, não dirijo, não sei fazer contas.

Coisas que todo ser humano é capaz, menos eu. A primeira e única vez que tentei passar uma camiseta, demorei quase uma hora e ela terminou mais amassada do que quando comecei. Dias desses tentei passar uma saia de cetim para dançar, e queimei, ela simplesmente derreteu.

Dirigir é a coisa mais chata do mundo, pra mim. Eu tenho habilitação (vencida), minha baliza foi a mais rápida e certinha no dia do exame, mas eu simplesmente detesto ter que parar a cada sinal de 'pare', semáforos, e ficar trocando marcha. Aliás eu detesto ter que prestar atenção na rua, nas placas, procurar lugar pra estacionar. Por isso eu não dirijo, pelo bem da população. Eu gosto mesmo é do banco do carona, de ficar olhando a paisagem, os pássaros, as pessoas, ouvir música e tagarelar enquanto alguem dirige.

Matemática é algo que eu não sei e nunca quis aprender de fato. Não faço idéia do porque existem logaritmos e eu devo ter sido roubada em trocos pela vida afora, porque nunca conferi - e nem saberia como. Preciso de calculadora sempre por perto e quando tenho que fazer conta de cabeça, conto nos dedos e em voz alta. É patético, mas fazer o que?


5- Cinema, Livros e Música

Três coisas que não sei ficar sem. Pode me chamar pra qualquer um desses programas que eu vou! Assisto, ouço e leio de tudo, mesmo. E quando gosto de algo, leio, ouço e vejo mil vezes repetidas, sem enjoar. Sou daquelas que assiste até filmes trash, só pra ver onde vai dar. Amo muito tudo isso, mesmo!


6- Paixão por Ray Charles e Gilberto Gil

A primeira vez que ouvi Ray Charles eu tinha uns 10 anos, e estava fuçando numa coleção de vinil, que se chamava 'Estrelas do Jazz' do meu pai. Quando eu vi a foto daquele homem, no piano, sorrindo e usando óculos escuros, eu fiquei encantada! Ouvi o vinil todo, sem me mexer. Eu ri e chorei e até hoje me lembro da sensação que foi ouvir 'A Fool for You', que naquela gravação era ao vivo. Minha canção preferida dele, até hoje.

Lembro que quando perguntei pra minha mãe porque ele usava óculos escuros e ela me disse que era por causa dele ser cego, eu chorei e chorei. Depois, fiquei feliz, porque ele parecia sempre feliz.

Meu irmão trouxe o livro da biografia dele de Londres, em 2004 e eu até hoje não consegui terminar de ler. Eu volto as páginas, rabisco, releio e não quero que chegue ao final, pois para mim Ray é sempre imortal. Todos os dias eu ouço ao menos uma música dele.

Gilberto Gil é a mesma paixão. Começou com o 'Sitio do Picapau Amarelo' e a cada ano evoluía esse amor sem fim. Quando li 'GiLuminoso' entendi que esse homem é especial, um poeta, um filósofo, um sábio. 'Realce' é tão magnífica, que não resisti: tatuei em meu braço esquerdo.

Meu sonho é ir a um show do Gil, ver ele, falar com ele. É o 'Divino', o maior Artista quejá existiu, para mim. Adoraria ter o box completo dele, um dia....


7- Eu tenho o 'Laran'

É um termo utilizado por velhos contadores de histórias e xamãs... diz sobre a 'comunicação' com os animais e crianças. Eu tenho, e isso é tão forte e visível que quem está por perto nunca sabe como agir. Acontece e eu não sei explicar. Pássaros pousam perto de mim, animais na rua correm ao meu encontro, crianças me pedem colo e querem ficar por perto...Inclusive com as crianças especiais, os autistas. É como se eu simplesmente soubesse o que vai em cada um. Nem vou me estender sobre o assunto, porque muita gente não acredita nessas coisas. Mas eu sei e sinto, e lido com isso como se fosse a coisa mais natural do mundo.


8- Riso fácil e nada discreto.

Não me acompanhem para ver filmes de comédia no cinema. Eu dou gargalhadas tão intensas, que as pessoas começam a rir de mim, comigo e esquecem da cena. A mesma coisa quando leio gibis da Turma da Mônica - que adoro! - e tiras no jornal. Aliás, na rua ou em locais que pedem silêncios, melhor não ficar perto, mesmo. Não consigo me controlar. É um lado criança que já tentei, mas não consigo perder. Adoraria ser mais elegante, discreta como uma dama. Mas... nem.


9- Viciada em... Abraço

Não há nada mais gostoso, reconfortante, terno e gostoso de sentir. Amo. E descobri muito tarde o poder do abraço. Até os 17,18 mais ou menos, eu era dessas 'intocáveis'. Uma barreira, uma necessidade de proteger o 'espaço interno'. Sei lá.

Até o dia que, numa crise de choro, desabafando com amigas, tentando entender porque alguem tinha partido o meu coração - e ouvindo mil coisas, sem que nenhuma me confortasse - uma amiga que até então estava calada, de repente se levantou e me deu um abraço silencioso, que curou tudo. Jamais vou esquecer.

Com o tempo, a vida foi me mostrando as milhares de finalidades do abraço.

E que também existem pessoas que simplesmente não gostam de serem abraçadas e eu respeito isso. Mas ó: elas não sabem o que estão perdendo.

Não se assuste se quando me encontrar eu te der um super abraço. Sou assim mesmo.


10- Emotiva.

Ih, nem tente me fazer parar. Me emociono mesmo. Choro feio, embargo a voz, lágrimas jorram e vai que vai. Choro no teatro, no cinema, no espetáculo, dançando e até quando estou sorrindo. Devo isso ao meu marido. Ele é quem me ensinou que não tem nada demais demonstrar emoção. Eu morria de vergonha de chorar, rir, xingar, gritar. As espanholas da minha família me achavam a 'ovelha negra'. Agora, tudo certo. Nada melhor do que viver a vida de maneira autêntica, ainda que isso acarrete julgamentos e comentários. Mas olha: não há sensação melhor do que a de saber que determinado momento foi vivido de maneira plena.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Minha ousadia



Um elenco só de mulheres, com diversas performances e dança do ventre.


Uma história de mais de 100 anos.


O livro e o filme são a temática.


O 8º espetáculo.



É tempo de ensaios extras, pesquisas adicionais e solução de problemas.


É um dos motivos que me faz seguir em frente.


:)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Ousadia - Eu gosto!

Criou-se um mito na rede virtual - em alguns blogs, Msn e mails - sobre essa que escreve... 'Luciana Arruda'.
Pelo fato de eu sempre pontuar a necessidade do caráter ARTE na Dança do Ventre e insistir no processo de pesquisa confiável e fundamentado, muitas vezes sou tachada de certinha, careta ou inflexível. Ah, e também puxa-saco do Jorge Sabongi - essa é a melhor.
Ledo engano.

Mas tudo bem, as pessoas julgam e criam suas verdades de acordo com sua história de vida e valores, e eu aprendi cedo que nada mais desgastante e 'envelhecedor' do que ficar tentando convencer os outros das 'minhas' verdades.
Eu sou é muito segura do que vai em minha alma e eu adoro viver essa vida que o universo me dá! Mais por teimosia e menos por coragem, quero mais é viver com a certeza de não passar em branco...
Escolhi sempre o caminho mais dificil, e não por coragem ou heroísmo, e sim porque simplesmente sigo o meu coração - o que o deixa feliz.

Tenho tudo pra ser assunto, mesmo!
Loira, magra, vegetariana, tatuada, bacharel em Psicologia, bailarina de dança do ventre e demais danças, virginiana, pagã, ora meiga e ora irascível, terrivelmente prática e extremamente romântica, espontânea, espanhola, e ainda casada com músico! ufa!
Será que a sociedade aprova?
;)

Não sei e não me importo, nunca me importei.
Minhas preocupações são outras... sempre foram! E só dizem respeito a mim e aos que amo.

Pra quem me conhece só no virtual, certamente terá outras impressões.
Mas isso é proposital mesmo, afinal, eu acredito que a internet é um espaço que deve ser respeitado, além da responsabilidade jurídica, eu tenho consciência dos alunos e alunas que lêem minhas palavras, das crianças que sempre me escrevem e acompanham - um dia escrevo sobre isso - e por isso sempre escolho com tato a postura a ser tomada, afinal ja dizia Christian Jack: 'Palavras tem poder.'

Eu me surpreendo quando as pessoas enxergam tanta doçura, delicadeza e meiguice e fico grata por isso, mas a verdade é que usualmente sou muito mais tempestiva e apimentada.
Que bom que não sou uma árvore enraizada e posso movimentar-me no físico e no mental, mudando de opinião e lugares!

E aí, cá estava eu pensando no que escrever e decidi falar dessa ousadia que algumas mulheres tem: ser elas mesmas, e ter a ousadia de ser e fazer o que lhes vai no coração.
Não no 'coração' no sentido brega da coisa, piegas mas no coração como o centro vital, de energia, de sentimento, de escolhas, de alma!

Muitas lêem 'Mulheres que Correm com os Lobos' mas mantém o dedo apontado para criticar o menor ato 'selvagem'.
E hoje eu acordei com vontade de escrever sobre isso: sejam ousadas.
Sigam A SUA VERDADE, O QUE VAI NO SEU CORAÇÃO.

Desde que seja bom para você e não faça o mal para ninguém, SIGA!
Se for de bom senso e com bom gosto, eu aplaudo sim!

Meu abraço especialíssimo para três LOBAS que eu aprendi a admirar, pessoas que conheci devido a arte da Dança do Ventre e hoje seguem um caminho cuja única estrada as leva diretamente...aos seus corações. Elas o estão seguindo.
Assim como eu sigo o meu.

Luz para vocês nessa trajetória, nos encontramos pelo caminho...

Shaide Halim




Luana Mello




Samya Ju

sábado, 6 de novembro de 2010

Vontade não me falta...


'Vou-me embora pra Pasárgada

Lá sou amigo do rei

Lá tenho a mulher que eu quero

Na cama que escolherei




Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada

Aqui eu não sou feliz

Lá a existência é uma aventura

De tal modo inconseqüente

Que Joana a Louca de Espanha

Rainha e falsa demente

Vem a ser contraparente

Da nora que nunca tive



E como farei ginástica

Andarei de bicicleta

Montarei em burro brabo

Subirei no pau-de-sebo

Tomarei banhos de mar!

E quando estiver cansado

Deito na beira do rio

Mando chamar a mãe-d'água

Pra me contar as histórias

Que no tempo de eu menino

Rosa vinha me contar

Vou-me embora pra Pasárgada



Em Pasárgada tem tudo

É outra civilização

Tem um processo seguro

De impedir a concepção

Tem telefone automático

Tem alcalóide à vontade

Tem prostitutas bonitas

Para a gente namorar



E quando eu estiver mais triste

Mas triste de não ter jeito

Quando de noite me der

Vontade de me matar

— Lá sou amigo do rei —

Terei a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada.'

(Manuel Bandeira)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Seu próprio negócio - Ninguém te disse que...


- você iria trabalhar o triplo, ser a primeira a chegar e a última a sair;

- ser funcionário é bem mais tranquilo do que ser patrão;

- administrar pessoas, egos e finanças podem alterar o seu humor;

- todo conhecimento sobre administrar o próprio negócio é pouco;

- prestadores de serviços nem sempre cumprem o que prometem - a maioria, não cumpre;

- engolir sapos é praticamente o cardápio usual;

- os que mais atrasam mensalidades são os que mais reclamam;

- você fará o melhor sempre, porque sabe o quanto tudo foi suado para conseguir;

- por mais cansada que esteja, não consegue parar;

- quando o lucro chega, você só pensa em investir mais e mais;

- dorme e acorda pensando no seu negócio.



é moçada... mas ainda assim: VALE MUUUITO!!

:)

domingo, 31 de outubro de 2010

Direção Artística


Se você quer somente dançar para um grupo de amigos ou informalmente na sua academia, ou em eventos diversos, talvez você não faça questão.
O que não quer dizer que não seja necessário.

A primeira vez que ouvi falar em 'Direção Artística' foi no ano de 2004, no curso de 'Snujs' com Jorge Sabongi. (para os íntimos, Habib).

Eu iria realizar a minha primeira mostra de dança, e aproveitei todo o conhecimento do Jorge para, praticamente criar com a ajuda dele, a parte artística do meu evento.

Muito gentil e solícito, ele respondeu todas as minhas perguntas - e quem me conhece sabe que eu não economizo nas perguntas - e me falou TUDO sobre som, iluminação cênica, cenário, palco e bastidores.

Foi ali, na sala dos véus, em 2004 que eu aprendi a respeitar e admirar Jorge Sabongi. Ao final do workshop ele ficou um bom tempo tirando minhas dúvidas, e falava animado sobre tudo.

Foi por causa dele que meus eventos tem a qualidade que tem hoje.

Os dvd's da Cia A Bailarina são solicitados por bailarinas do Brasil e do exterior - já tive vendas para a França e o Japão.
E olha que nosso grupo não é profissional, mas eu posso garantir o cuidado e a qualidade, mesmo dentro de nossas limitações.
(leia-se: cidade de 27 mil habitantes, escassez de profissionais de som e luz, escassez de teatro ou local apropriado para show.)
Nós literalmente fazemos milagres, desde 2004.

Este ano irei para o meu 8º espetáculo!
Jorge Sabongi dirige há 28 anos a maior casa de Dança do Ventre do nosso país.
A primeira bailarina a dançar na mesma, foi Samira.



Desde então, praticamente todas as 'top' de nosso meio passaram por lá.
E, quer queiram ou não, sob a direção de Jorge.

E ele é implacável: diz com uma verdade e sinceridade os pontos a melhorar da sua dança, porém com um tom de profissionalismo que visa o seu melhor, que a pessoa só magoa se for muito melindrada.

E isso pode acontecer sim, acontece direto nos cursos.
Tem gente que não está preparada para ser dirigida, não sabe e nem quer ouvir.

Ele corrige postura, observa seus pontos positivos e negativos, diz claramente onde você deve agir, estudar, aprimorar.
E isso faz toda a diferença.

Eu NUNCA tive isso, nem em aula particular: agilidade e precisão sobre a minha dança.
Habib não economiza e não perde tempo.

É muito comum no ultimo dia de curso, ou nas últimas horas do workshop as bailarinas estarem simplesmente iluminadas, pois percebem onde estavam errando e com a ajuda dele, corrigem imediatamente.

Isso fez com que eu parasse de gastar dinheiro em workshops aqui e ali e buscasse sempre os cursos com Jorge.
Minha dança melhorou muito depois das dicas dele.

E ele também fala do corpo, do figurino que combina melhor, das cores, do trabalho de véus, das fotos que tiramos, da maquiagem.

Ao final do curso ou workshop, todas devem dançar para ele, de improviso, com o traje de dança. Só quem faz o curso sabe o que significa esse momento. E receber o feedback depois, é show.

É serviço completo, vale cada centavo.

E com uma ética impecável. Jamais falou de outro profissional e mesmo quando ouve comentários provocativos sobre esta ou aquela pessoa, ele simplesmente rebate: 'não falo dos outros, só me interessa fazer o meu trabalho.'

Jorge decidiu reunir todas as dicas no livro 'Direção e Preparação Artística para Bailarinas', um compêndio com o resultado de todos esses anos de trabalho com dança.

São mais de 350 páginas com dicas valiosas, dinâmicas que podem ser praticadas em sala de aula e orientações específicas para o que cada bailarina busca.

Os dvds das Super Noites do Harém são os mais esperados, os vídeos mais vistos no youtube, as danças mais copiadas.

E ele dirige o elenco de estrelas como se fossem todas iguais.

Só tem destaque quem realmente merece.

Jorge escolhe as solistas a cada ano, utilizando um critério que vai além da técnica e da estética. Ele também observa o comportamento nos bastidores, as habilidades sociais, a comunicação da bailarina com o público e mais um sem fim de itens, que só quem conhece o curso sabe.

O melhor de tudo, é que Habib aliou o seu conhecimento com o de Débora, sua esposa, também bailarina. O que pouca gente sabe, é que ela é formada em Administração de Empresas, com atuação na área e muitas das dinâmicas utilizadas nos cursos, resultam da parceria do casal, trazendo conceitos de recursos humanos, relações interpessoais, liderança e comunicação,carisma, segurança interna, auto estima e inteligência emocional para serem utilizados em sala e palco pelas bailarinas.


Algumas dessas dinâmicas estão no livro, uma excelente dica para professoras realizarem com suas alunas, para treino de expressividade, segurança em cena e improviso.

Eu faço os cursos e já comprei o livro.

E indico a todas as bailarinas que queiram trabalhar utilizando o conceito 'Arte'.
Porque 'arte' não diz só respeito a tradição, a cultura arabe, aos trajes.
Mas como você desenvolve o seu espetáculo, a sua dança, e sua correlação com a luz utilizada, o som adequado e a maneira como você emociona o público.

E isso, dificilmente a gente consegue sozinha. É preciso ter alguém orientando.
Foi com Jorge que eu aprendi a escolher a cor do figurino, pensando não só no pano de fundo, como nas maneiras de fazer a luz refletir sobre ele. E isso é só o começo... a criar aquela 'aura' de mundo mágico... as músicas que mexem com a emoção do público... essencial!

Assim como grandes atletas tem seu preparador físico, a bailarina necessita de uma direção.Por isso eu indico os Cursos de Jorge Sabongi e o Livro.

Com prefácio de Soraia Zaied - que dispensa maiores comentários- o livro é obrigatoriedade para bailarinas comprometidas com o caráter Arte da Dança do Ventre.

Ah, e para fechar com chave de ouro, na contracapa tem um depoimento meu.

Luxo!
__________
* Veja a entrevista com Jorge Sabongi em meu site 'A Bailarina' aqui
*Próxima edição da Revista Shimmie, também tem Jorge Sabongi!
*Em breve: nova entrevista com ele!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Minha vez


Agora sou eu a entrevistada.
Conto quase tudo pra Thaty Libbah do site Manaus Belly Dance.

Confiram minha entrevista aqui.

Beijo para o pessoal de Manaus, em especial para a minha amiga Thaty, e para todos os seguidores!

:)

domingo, 24 de outubro de 2010

Leitura Musical

Vocês podem procurar a teoria sobre Leitura Musical por aqui e por ali.
Na prática, Nesrine explica tudo.
Vi, ao vivo, esse solo impecável da Nesrine. A melhor leitura musical que já vi ao vivo.
Inspirem-se! Estudem!
ps: em breve ela será a entrevistada do meu site 'A Bailarina'.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O Tempo


Sou o tempo que passa, que passa
Sem princípio, sem fim, sem medida
Vou levando a Ventura e a Desgraça,
Vou levando as vaidades da Vida

A correr, de segundo em segundo
Vou formando os minutos que correm...
Formo as horas que passam no mundo,
Formo os anos que nascem e morrem.

Ninguém pode evitar os meus danos...
Vou correndo sereno e constante:
Desse modo, de cem em cem anos,
Formo um século e passo adiante.

Trabalhai, porque a vida é pequena
E não há para o tempo demora!
Não gasteis os minutos sem pena!
Não façais pouco caso das horas!

(Olavo Bilac)

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Das Lições de Heathcliff


'Heathcliff', o personagem central de 'O Morro dos Ventos Uivantes',consagrado como um dos romances mais importantes da literatura inglesa e mundial.
Para poder publicar, a autora Emily Bronte utilizou um pseudônimo masculino. Em 1847!
Ela morreu em 1848, com apenas trinta anos, sem sequer imaginar que chegaria a ser considerada uma grande escritora e que seu livro seria referência na Literatura Mundial e adaptado ao cinema e teatro em várias versões.

Eu tinha 14 anos quando li pela primeira vez. Foi uma cena que não me esqueço: entrei na biblioteca e pedi pra secretária: 'Você tem 'O Morro dos Ventos Uivantes?' e ela muito lentamente me disse: 'Ah, deve ter, não sei onde está mas veja na seção de Romance.' Então, meu professor de Sociologia - o maestro Pedro Salla, me disse: 'É só prestar atenção e quando ouvir um som de 'uuuuu...uuuu' você vai encontrar o livro!'
Parece bobo, mas foi tão mágico aquele momento! Primeiro porque era a primeira vez que via meu professor fazer uma brincadeira, e segundo, ainda hoje me lembro do som dele imitando o vento.

Eu quis ler esse livro porque na época havia uma matéria sobre ele no Estadão. Sempre fui caxias pra livros e música, queria saber tudo, de todos.

Ao ler o livro, tive o meu primeiro amor: Heathcliff.
Até então, minha vida era o ballet, as músicas clássicas e livros mil. Mas nada foi tão arrebatador quanto o amor de Heathcliff por Cathy.

Eu queria um amor assim!


Por mais que ele fosse tão severo e 'mau'- segundo uns, com quem ele amava era leal, amoroso e pleno.

Eu anotava suas frases mais marcantes em um caderno - e lamento muito tê-lo jogado.

'Eu só me irrito com quem eu quero' foi a primeira grande lição, já no início do livro.
Ou, dependendo da versão traduzida: 'Só me irritam aqueles a quem eu permito'. Dá no mesmo.

Aprendi com Heathcliff que:
- as pessoas fazem com a gente o que a gente deixa;
- por mais que falem de você, não perca a sua calma - a não ser que você queira-;
- quando alguém cuida de você, você deve protegê-lo e ser leal, não importa o que aconteça;

- quando você se importa com alguém, diga isso. quando você não gosta de alguém, deixe isso claro também;
- a gente deve ter por perto apenas quem nos faça bem;
- quando a gente ama, a gente faz tudo por essa pessoa;
- quando a gente ama, demonstra isso em ações, gestos e palavras;
- quando você sabe que a outra pessoa te ama, faz tudo por ela - mesmo que ela não queira;
- se você tem um temperamento forte ou péssimo gênio, assuma isso. isso não te faz pior ou melhor do que ninguém;
- se você ama realmente alguém, esse amor o preenche pela vida afora.
- quando temos alguém que amamos e o perdemos, fazemos de tudo para encontrá-lo!


Em muitos momentos eu recorri ao livro pensando 'O que Heathcliff faria nessa situação?'
'O Morro dos Ventos Uivantes' foi meu primeiro guia. É o meu 'primeiro' livro preferido.
Perdi a conta de quantas vezes reli o livro. Sei que pelo menos uma vez por ano eu releio.
E me apaixono novamente por Heathcliff.

Talvez isso explique meu 'tombo' (não é queda, é tombo mesmo!) pelo Ralph Fiennes. Ele foi o 'Heathcliff' que mais amei, no cinema! De todas as versões, ele é soberano.

E hoje, enquanto eu resolvia algumas coisas do trabalho, me peguei cantarolando a trilha do filme, e me lembrei da incrível atuação do Ralph, e peguei meu exemplar empoeirado e fiquei morrendo de saudade desse tempo bom que era ter 14 anos...

*Trecho que SEMPRE me faz chorar, do filme. Dá-lhe Ralph Fiennes! MUSO!!






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*Dedico esse post para uma querida! Acho que ela ama tanto os livros quanto eu! Ket!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Entrevistas

Oi pessoal!
Aqui vai a relação de entrevistas do site - que ainda não foram publicadas:

- Sasha Holtz - confirmou recebimento, aguardando respostas.
- Aysha Almée - confirmou recebimento, aguardando respostas.
- Lu Mansur - ainda não confirmou o recebimento
- Ali Khalih - ainda não confirmou o recebimento
- Sayonara Linhares - confirmou o recebimento, aguardando respostas.
- Farida Fahmy - confirmou recebimento - em breve as respostas
- Soraia Zaied - ainda não confirmou recebimento
- Nesrine - confirmou recebimento - em breve as respostas


Como recebo muitas sugestões via e-mail, aqui vai a lista!
Muitas pessoas sugerem entrevista com Najua e Sherazade, mas não consigo o contato delas! Se alguém tiver, agradeço!


Lembrando que: as entrevistas não tem fins lucrativos, por isso os profissionais respondem de bom grado, não há pagamento de cachê. As entrevistas são agendadas por e-mail, após alguns contatos. O profissional pode ou não responder às perguntas. Algumas vezes acontece do profissional confirmar o recebimento das questões, mas depois desiste de respondê-las. As vezes comunicam a desistência, noutras não.
Conto com a compreensão de todos.
Em breve, novas entrevistas!
:)

sábado, 16 de outubro de 2010

Faça a sua escolha


“A vida sempre vai nos derrubar, mas somos nós que escolhemos se queremos ficar em pé ou não”. (Mr. Han)


Dica de filme: 'The Karate Kid'
O novo, lançado em Agosto deste ano aqui no Brasil.

Eu assisti o original a 'long time ago' e vi essa versão com poucas expectativas... mas que grata surpresa!
Para ver com olhos de artista, de bailarina, de quem vive a vida.

É um blockbuster, mas cheio de frases de impacto e a fofura do Jaden conquista a todos.
Minha vontade foi me matricular na Nakao - Centro de Artes Orientais - daqui de minha cidade e começar aprender o Kung Fu imediatamente.
Delícia de filme!





* Não passei na Pré-Seleção! Mas obrigada pelo carinho e torcida de todos!
* E começou a correria! Dezembro está aí: Festival do estúdio e 8ª Mostra de Dança! Lá vou eu, novamente! A vida segue e 'Olé' para todos!
:)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Olé!


''... Não tenha medo. Não desanime.
Apenas faça o seu trabalho.
Continue a comparecer para fazer sua parte, seja ela qual for.
Se seu trabalho é dançar, dance.
E se o gênio divino e maroto que foi designado para acompanhar o seu caso permitir que através do seu esforço aconteça um lampejo maravilhoso, então, "Olé"!
E se não, faça a sua dança,do mesmo jeito, e "Olé" para você da mesma forma.
Eu acredito nisso e acho que devemos ensinar isso uns aos outros.
"Olé!" para você, apesar de tudo, simplesmente por possuir esse puro amor humano e a teimosia de continuar aparecendo para fazer a sua parte."
(Elizabeth Gilbert)
Foto: Luciana Arruda
Por IQ Perama

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Pré-Seleção Khan el Khalili- Parte 1 e 2

Introdução
A Pré-Seleção Khan el Khalili teve sua primeira edição em 1999, quando a Casa ja tinha 17 anos de funcionamento.
Desde então, apenas no ano de 2007 a banca não foi realizada.
E em todos esses anos, um fato que não pode ser desmentido e nem desmerecido: a Casa de Chá Khan el Khalili foi e ainda é berço de muitos talentos.


Uma palavra que define a Pré-Seleção é organização.
Desde as inscrições, passando pelas avaliações e pela dança para a banca, tudo é feito com disciplina, método e transparência. Datas, horários e prazos são cumpridos à risca, envio das avaliações, comunicação clara e direta. Um exemplo.


Escrever sobre a Pré-Seleção, há apenas dois dias depois de ter participado, é um pouco difícil.
Primeiro, pelo cuidado que preciso ter para descrever com justiça a organização, credibilidade e eficácia de todo o esquema criado por Jorge Sabongi e, segundo, porque ter participado como bailarina pré-selecionada, deixa qualquer uma com a emoção e os nervos à flor da pele.


Mas acho importante para todas as bailarinas que pretendem prestar a banca, saber um pouquinho mais, vamos lá?
Para mim, a Banca em si tem dois momentos, e decidi descrevê-los dessa maneira:

PARTE 1 - A Dança para a Banca
Todas que se inscrevem e enviam seus dvd's recebem o cd com a avaliação gravada por Jorge Sabongi. Nessa gravação Jorge lista os pontos positivos e os pontos a melhorar, dando dicas, indicando profissionais para aulas e estudos e preparando a bailarina para o que está por vir.
As datas para a apresentação para a Banca são divulgadas com meses de antecedência, e junto com a gravação a bailarina recebe uma carta com data e hora marcadas para uma reunião com Jorge, para tirar dúvidas e conhecer os procedimentos no dia da banca.

O encontro com Jorge
O encontro com Jorge acontece um dia antes da banca, e é um momento especial para todas que participam.
Jorge explica nesse encontro os critérios de avaliação, a composição da Banca, tira dúvidas sobre horários e normas e ainda passeia pela Casa de Chá com todo o grupo, para que este veja o local da dança, a luz que será utilizada, tudo como se fosse o 'grande dia'.
Ah, tudo regado a chazinho, bom humor e muita sinceridade.

Os critérios de avaliação
Por mais que procurem na net ou nos 'contatos', a ficha com os critérios de avaliação é algo confidencial, mesmo.
Só tem acesso à ela as bailarinas que avaliam e quem presta a banca.


São 26 itens fixos, que se ramificam em diferentes questões, com notas de 06 a 10 e muitos itens com peso diferenciado, que pode ir de 02 a 04 pontos, transformando em mais de 50 itens, ao todo. A cada ano uma nova categoria é acrescentada ou modificada, e a distribuição dos pesos também muda.


Portanto, os critérios são exclusivos da Casa, confidenciais e atentos as tendências e mudanças da dança ao longos dos anos.
Esse ano uma nova categoria foi adicionada.


Os itens vão desde técnica, passando por expressão, criatividade, improviso, entrada em cena, véus, feminilidade, estética, traje, trabalho de braços e mãos e muitos, mas muitos outros pontos que, unidos, compõem o perfil de uma Bailarina considerada Padrão de Qualidade.




Assim como em uma empresa, que tem o perfil de cada candidato a ser contratado, a Casa de Chá coloca em pontos claros e diretos o seu perfil desejado e aquelas que querem dançar na casa, devem seguir esse padrão.

No dia da Banca, um espaço é reservado as participantes, estas devem chegar uma hora antes, preparar-se e aguardar. O horário da dança é respeitado, pontualmente na hora marcada a assistente de todas nós, Vic, vem nos buscar para a dança.


Esse é o momento decisivo. Enquanto Jorge aleatoriamente dá o play na música, a bailarina deve se dirigir para a entrada do harém e, no momento em que sentir que é a hora, entrar e dançar.
As músicas são de 7 a 12 minutos, estilo clássico, grandiosas.

A Banca
As pessoas da banca são bailarinas do Harém e convidados especiais que tenham um trabalho significativo com dança.
No meu dia, foi a maior presença VIP da pré deste ano.
Ninguem recebe nada por estar na banca, as pessoas vão de bom grado e, além das notas, anotam sugestões e dicas na ficha. Um primor!


Os integrantes da banca ficam sentados em pufes com mesinhas à sua frente e nós, bailarinas, dançamos com eles à nossa volta... uma sensação que não consigo descrever, me desculpem.
Olhar o rosto das pessoas que estudo e admiro, entrevisto, todos ali, olhando para mim, foi algo que eu senti e vou guardar comigo, por um tempo indeterminado.


Quando a dança terminou e os aplausos chegaram, eu fiz a reverência bem consciente da história de todos ali, que chegaram antes de mim.


Após a dança, Vic nos conduz de volta à sala. Ela é discreta e respeita os momentos de emoção, foi o suporte de muitas bailarinas naqueles momentos essenciais antes e depois da dança.



Preciso registrar aqui uma pessoa que fez a diferença na banca: Nagla Yacoub. Foi o comentário geral:ela incentivou a todas com o seu sorriso, olhar, atenção. E no Harém, curtia e aplaudia cada entrada com uma alegria, uma jovialidade exemplar.

Parte 2- O Show no Harém
Ter a oportunidade de dançar no Harém, ainda que por um minuto, é para muitas de nós um sonho.
Foi realizado, no meu caso.
A dança no harém é uma gentileza da Casa para com todas nós que prestamos o exame.
E é absurdamente um momento único.
A alegria contagiante das pessoas da platéia, a emoção das bailarinas, a adrenalina... um sonho, não consigo imaginar outra palavra.

As bailarinas que prestam a Banca fazem a abertura da noite. No nosso Harém, a lotação estava esgotada. Gente de todos os lugares, ansiosos pelo show!
As Bailarinas do Harém, as 'Top' da casa que fizeram o show após nossa apresentação: Aziza, Priscila, Nesrine, Juli e Luciana Zambak.

Uma demonstração de gentileza e humildade: todas parabenizaram as participantes da banca, aplaudiam, e celebravam conosco. Aziza estava mais próxima de todas nós, ficando um bom tempo no hall curtindo com todas nós as emoções daquela noite.

Nesrine fez o solo mais bem elaborado, com a leitura mais impecável que ja vi. Isso vai render um post depois, aguardem! E quando fui falar com ela, parabenizar pela dança, ela disse um 'obrigada' com tanta humildade e doçura, que virei fã, de carteirinha.
Anotem: é uma estrela, com o melhor significado que isso possa ter. Nesrine vem aí, já está aí.

Fiquei impressionada com a platéia. As pessoas que vão a Casa estão lá porque realmente gostam de dança, do show, do ambiente.
Tanta gente fotografou, gritou meu nome, aplaudiu, que me senti fazendo parte de tudo aquilo por direito e aproveitei mesmo!
Um momento muito especial foi quando vi a Harah.
Ela sempre escreve aqui nos comentários do blog, e fiquei tão grata pela oportunidade de finalmente vê-la de pertinho que tive que conter o choro.


Foi maravilhoso falar com ela ao final do show- gente, ela tem os olhos lindos, um escândalo! Não só a cor, mas o que vem dentro deles! - e fiquei curiosa e morrendo de vontade de conhecer as outras blogueiras, todos os meus seguidores, enfim, gente, quero conhecer vocês! foi muito bom! Harah, obrigada por tudo!

O show é muito organizado, como tudo na casa.
Jorge escolhe de maneira bem aleatória (apontando o dedo e contando, rs) a ordem das apresentações e controla as entradas de cada uma, tempo certinho! Ele troca cd, mexe na luz, dá as ordens, toca snujs, anota coisas enquanto bailarinas dançam - sim, ele avalia até as bailarinas 'top' da casa- e curte tudo com uma alegria genuína.

Fiquei ali, por um breve momento, observando esse homem apelidado de 'Habib', que se emocionou ao final da Noite, como se fosse a primera edição da Pré.
Esse homem criou essa fábrica de sonhos chamada Khan el Khalili em 1982, e se mantém no mercado fazendo o que acredita e gosta. Isso é bonito de ver: alguém fazendo o que gosta.

E foi o que eu fiz, pessoal.
Dancei.
Como disse minha amiga Verônica: 'No lugar certo, na hora certa.'
Curti cada segundo, e isso fez tudo valer.
Dancei o que podia, da maneira como senti.
E isso fez toda a diferença: fui eu, realizando um sonho.
Não dancei com figurino de atêlie famoso. Dancei com um traje que minha mãe costurou, com o tecido que era de um Sári, que ganhei de um rotariano de coração enorme, quando estive na India.

Cheguei 3 horas antes da minha Banca para ajudar as outras meninas a se vestirem, ainda que minha ajuda nem tenha sido solicitada.
Dancei mesmo sem ar - minha música durou 11 minutos e 54 segundos.
Mas fui até o fim, não fugi do bom combate em nenhum momento.

E indico a todas essa experiência, vale muito, cada segundo.
E deixo aqui um trechinho da minha felicidade, filmada pelo meu amigo Carlos: meu breve momento, dançando na Casa que me ensinou a ser gente/bailarina.
O resultado? Superei meus medos e fui feliz.
O mais, é lucro. Seja qual for.